domingo, 28 de dezembro de 2008

ISRAEL E SUA DESCENDÊNCIA 2




Jacó, filho de Isaque, neto de Abraão, tetraneto de Tera; que por sua vez era filho de Naor, neto de Serugue, tetraneto de Reú; que por sua vez era filho de Pelegue, neto de Éber, tetraneto de Salá; que por sua vez era filho de Arfaxade, neto de Sem, tetraneto de Noé; que por sua vez era filho de Lameque, neto de Metusalém, tetraneto de Enoque; que por sua vez era filho de Jarede, neto de Maalael, tetraneto de Cainá; que por sua vez era filho de Enos, neto de Sete e tetraneto de Adão! Esse mesmo Jacó, o qual seu nome significa "suplantador", foi o próprio DEUS que modificou para ISRAEL. O território de Israel, como nação, só surgiu na Palestina, ou melhor, em Canaã, após o ano 1300 a.C. (lembrando que, em se tratando de a.C., conta-se de forma decrescente). Antes disso, Canaã era "terra de ninguém". Os egípcios invadiam, os hititas invadiam, os mesopotâmios, etc. Quando Israel se instalou, subdividiu-se em 12 (doze) tribos descendentes de Jacó, a saber: Rúbem, Simeão, Judá, Issacar, Zebulom, Gade, Aser, Benjamim, Dã, Naftali, Efraim e Manassés; sendo que estes dois últimos são filhos de José, que também é filho de Jacó. Tais tribos eram escravas no Egito, até que por uma revolta que teve como pivô Moisés, eles se libertaram do domínio e invadiram a terra de Canaã, extinguindo quase todas as tribos que ali residiam; não posso deixar de mencionar que houve milhares de mortes, saques, atrocidades entre os ex-escravos e as demais tribos. Israel tinha como uma espécie de governador geral, Josué, o preferido de Moisés. Após a morte de Josué, as 12 tribos eram administradas por "juízes", em geral, pessoas que se destacavam em certa tribo, tais como sacerdote ou profeta. Após o séc. X a.C., as tribos reclamaram serem governadas por um Rei, assim como as nações pagãs ao redor. O primeiro Rei foi Saul, o segundo e mais famoso foi Davi, o terceiro seu filho Salomão. Após a morte se Salomão, houve um cisma no Reino de Israel; de um lado o Reino de Judá, capital Jerusalém, que contava também com a tribo de Benjamim e de vez em quando com Efraim - tais eram fiéis à Casa de Davi. Por outro lado, o Reino de Israel propriamente dito, capital Samaria, que continha todas as demais tribos. Por volta de 700 a.C., os assírios invadiram Israel, aniquilaram grande parte do povo, deportaram outra parte e colocaram tribos diferentes para lá se alojarem. Os israelitas que restaram tornaram-se mestiços pois mesclaram-se com estas "outras tribos", daí o atrito de judeus e samaritanos. Por volta de 580 a.C., foi a vez do Reino de Judá. Os babilônios invadiram e deportaram grande parte do povo. Após, os persas derrotam os babilônios e começa o retorno dos judeus para sua terra, mas sob domínio persa. Levantam-se os gregos por volta de 400 a.C., mas não toma o domínio dos persas. Isso aconteceu após, com os macedônios, que conquistaram a Grécia e todo o Império Persa. Após a morte de Alexandre Magno, o Império da Macedônia foi repartido entre seus generais. No ano 33 a.C., Roma começa sua política expansionista conquistando o Egito. Foi o Império que mais durou, principalmente contando com o racha do Império Romano do Ocidente e o Império Romano do Oriente. Por volta do séc. VI d.C., o Império estava desestabilizado. No séc. VII surge os maometanos que, apesar de certa tolerância com judeus e cristãos, os expulsa da Palestina, ou como era mais conhecida pela Europa, Terra Santa. Para os judeus, estava virando rotina serem expulsas de suas terras. O Império Islâmico (maometanos) chegou aos arredores de Paris; dominou até a Península Ibérica, sendo expulsos mais tarde. Por volta de 1500 d.C., o islã continua forte, mas não tão poderoso. Dominavam a rota terrestre que ligava a Europa até a Ásia, tendo no centro o Oriente Médio e consigo, a Terra Santa, tornando a região observado com forte interesse. Foi a própria Península Ibérica, ex-conquista islâmica, que inovou e apresentou uma rota marítima para Ásia, isso com Portugal e Espanha. Porém, a Inglaterra investiu e, após o ano 1700 d.C., já dominava a modalidade, tendo várias feitorias em pontos estratégicos. Mais tarde, sendo a Palestina dominado pelo Império Turco, também muçulmano. A Inglaterra, grande estrategista, após o ano 1915, inventou uma guerra santa (Jihad) entre a Arábia e a Turquia. Os ingleses apoiando a Arábia, acabaram com o Império Turco. A Palestina muda de mãos; agora para a Inglaterra. Já nesta época, milhares de judeus retornavam para a terra de seus pais, administrada pelos ingleses mas comandada pelas ricas famílias sírias de Damasco; sendo a população da Palestina em sua maioria de camponeses mal instruídos, o campo estava se preparando para o que vinha mais tarde. E veio mais cedo. Passou a Primeira e a Segunda Guerra e os nazistas e fascistas aniquilaram bilhões de judeus. Após a Guerra, os judeus não queriam retornar aos países que os entregaram nas mãos do inimigo; iniciou-se a locomoção maciça para a Palestina. Com o apoio dos EUA, o maior beneficiado do pós-guerra, e contando com milhares de judeus e muitos destes milionários, os quais depositavam num fundo para "ajudar os judeus", em 1947 cria-se o estado judeu chamado Israel. Os indivíduos que chegaram como refugiados dominam a terra. Recapitulando, 1923 a 1948 quem dominava essa região eram os ingleses, que na tentativa de conciliar árabes e sionistas firmou um tratado de independência futura. Com a guerra na Alemanha os sionistas cooperaram muito com os aliados com o desejo de combater o regime nazista e fortalecer sua posição junto das potências ocidentais. Em contra partida os árabes perderam terreno. Assim, nos primeiros 5 anos de guerra 75.000 judeus emigraram para a região, organizando um exército clandestinos de judeus que em 1942, com o apoio dos judeus dos Estados Unidos conseguiu aprovar o fim do domínio inglês, o reconhecimento de uma comunidade judaica e de um exército. Porém haviam dois obstáculos a serem ultrapassados: expulsar os ingleses que insistiam em não sair da região e decidir quem dominaria depois da retirada inglesa, os árabes ou os judeus, pois eles continuavam lutando pela posse do território. Por isso, em 1947 a ONU aprovou o plano de partilha da região entre árabes (Palestina: Faixa de Gaza e Cisjordânia), judeus (Israel) e de uma zona internacionalizada ao redor de Jerusalém. Derrotados todos em 1948, os judeus fizeram com que os árabes fugissem para países vizinho, os ingleses abandonassem aquelas terras, ficando estas nas mãos do judeus que instalaram um governo provisório. Em 1949 realizaram eleições para o parlamento. E nesse ano Israel ingressou na ONU. No ano seguinte as fronteiras de Israel forma fixadas. Porém em 1952 as relações entre Israel e seus vizinho árabes foram piorando. Em 1967 incidentes entre Israel e Síria agravaram a tensão, sempre presente na região. O presidente Nasser, do Egito, pediu e obteve a retirada das forças da ONU do Sinai, para onde mandou muitos militares ao mesmo tempo que fazia alianças militares com a Jordânia, Síria e Iraque. Até que Nasser bloqueou o estreito de Tiran à navegação israelense e a guerra começou. Israel venceu em seis dias, quando ocupou toda a península do Sinai, a Cisjordânia, Gaza e as Colinas de Golan. A devolução dessas regiões só seria possível para Israel se fosse feito um contrato de paz, o que agravou a crise. Em 1973 um novo conflito surgia: Síria e Egito contra Israel. Até que a ONU conseguiu acabar com isso. Internamente, as necessidades de defesa e segurança passaram a ser os aspectos mais importantes de Israel, com reflexos políticos e econômicos. O país gastava muito no setor militar, piorando sua situação econômica. Com a ajuda dos Estados Unidos, o Egito e Israel chegaram em 1979 a um acordo sobre a devoulução dos territórios ocupados. Mas em 1981 o presidente de Israel iniciou uma política agressiva, invadindo o Líbano em 1982. Em 1983 o prestígio do governo abalou-se com problemas internos, massacres de israelenses na região ocupada do Líbano e a crise financeira. Iniciando a retirada das tropas israelenses do Líbano em 83. Contudo, Israel não iria terminar a retirada enquanto forças sírias permanecessem no Norte do Líbano, fazendo com que a retirada israelense só terminasse em 1985. Os ataques muçulmanos (xiitas árabes) contra o Exército do Sul do Líbano (ESL) aumentaram, assim como a Organização para a Libertação da Palestina ressurgia no Sul do Líbano e recomeçava os ataques com mísseis contra cidades israelenses fronteiriças. Com a ajuda da ONU foram feitas outras negociações visando a devolução das terras ocupadas pelos israelenses. Em 1996 o primeiro ministro israelense foi substituído por Itzhak Shamir, que acabou com as negociações ocasionando várias rebeliões iniciadas em 1988. A Autoridade Nacional Palestina sobre a Faixa de Gaza e a Cisjordânia foi estabelecida pelo acordo de paz assinado entre Israel e a OLP (Organização para a Libertação da Palestina) em 4 de maio de 1994, no Cairo. O acordo prevê a retirada das tropas israelenses de quase toda a Faixa de Gaza e de uma região da Cisjordânia, ocupados desde 1967. Numa primeira etapa retiram-se as tropas da Faixa de Gaza e de uma região de 56 km2 na Cisjordânia. Mas os militares israelenses ainda ocupam uma parte da Faixa de Gaza e quase toda a Cisjordânia. De certo só há uma coisa: entra ano, sai ano, e as relações entre Israel e Estados Unidos sempre estão firmes como uma rocha! Entra Presidente, sai presidente, e ambos os países encontram-se em um namoro apaixonado. Desde 1999, os arábes palestinos estão revoltosos, no que a tensão veio a aumentar após a morte de seu líder Yasser Arafat e a ascensão da milícia Hamas ao poder; Israel ainda tem que se preocupar com ataques da milícia libanesa Hizb’allah (partido de Alá) que é mais poderosa que o próprio exército libanês, sendo que todo esse cenário é acobertado por uma cortina de fumaça chamada de "país arábes exportadores de petróleo. Jacó continuou sua viagem até enfim chegar a um poço num campo, onde os pastores de Harã levavam seus rebanhos para beber água (não era o mesmo poço onde o servo de Abraão encontrara Rebeca, que estava na entrada da cidade - capítulo 24:11). Havia uma grande pedra cobrindo a boca do poço, que precisava ser removida para tirar água, e colocada outra vez depois. Talvez para maior comodidade, os pastores esperavam até que todos os rebanhos estivessem ali, para abrir e fechar o poço uma vez só. Eles lhe disseram de onde eram, e que conheciam seu tio Labão (que ele chamou de filho de Naor: era neto dele - capítulo 24:15,29 - mas na linguagem daquele tempo filho eqüivalia também a descendente), e que sua filha Raquel estava chegando com as ovelhas de seu pai. Jacó quis que eles dessem logo água às suas ovelhas e fossem embora, talvez para assim poder falar a sós com sua prima. Mas eles insistiram em esperar, conforme seu costume. Raquel (que significa ovelha) chegou logo a seguir, e, ao vê-la e ao rebanho que conduzia, Jacó apressou-se em tirar a pedra do poço ele próprio, e a dar de beber ao rebanho do seu tio: uma cortesia para começar bem seu relacionamento. A seguir, Jacó beijou Raquel, uma saudação própria para parentes chegados, e chorou de emoção: sua viagem chegara ao fim de uma maneira tão feliz! Ele então explicou quem era ela partiu correndo para contar ao seu pai. Labão também correu ao encontro de Jacó quando soube, abraçou-o, beijou-o, e o levou para casa. Foi uma recepção das mais carinhosas, e, ao ouvir sobre sua experiência no caminho, Labão declarou "de fato, és meu osso e minha carne", expressão usada naquele tempo nos rituais de adoção. Durante um mês Jacó ficou com Labão, na condição de hóspede. Foi o tempo necessário para se recuperar da viagem longa que havia feito, adaptar-se ao ambiente, conhecer melhor seus parentes (especialmente suas primas), e se fazer conhecido por eles. Sem dúvida Jacó não ficou ocioso, mas ajudava especialmente naquilo que gostava mais: o pastoreio. Seu tio propôs contratá-lo, pagando pelos seus serviços. Jacó aparentemente havia chegado com suas mãos vazias (não lemos que ele tenha dado algum presente ao chegar, ao contrário do servo de Abraão). É curioso lembrar que Labão devia estar com uns 120 anos de idade, e embora não saibamos a idade de suas filhas nesta ocasião, é improvável que fossem muito novas. Jacó estava com uns 75 anos. O segundo objetivo de Jacó ao ir para lá era obter para si uma esposa das filhas de Labão (capítulo 28:2); após essa convivência, Jacó amava a mais nova, e mais bonita, Raquel. Ele queria casar com ela, mas não tinha com que pagar o dote que, conforme os costumes da época, deveria ser pago à família, em compensação pela perda dela. Para resolver o problema, ele propôs trabalhar por sete anos para Labão como pagamento por ela. Labão aceitou a proposta: o casamento se faria ao se completarem os sete anos de trabalho. Era tal o amor de Jacó que os sete anos lhe pareceram como sete dias! Mas, terminados os sete anos, Labão o enganou dando-lhe a mais velha Lia ao invés de Raquel, o que Jacó só veio a descobrir depois de consumado o casamento. Como Jacó queria mesmo Raquel, ele foi obrigado a trabalhar mais sete anos por ela. Assim o suplantador foi por sua vez enganado. Desta vez, para "adoçar a pílula", Labão concordou que o casamento se fizesse em antecipação aos sete anos de trabalho, logo após a semana de lua de mel com Lia. Labão também deu uma serva para cada uma de suas filhas: como Hagar, elas eram escravas para servirem suas filhas em tudo, mesmo para lhes darem filhos através de Jacó se suas senhoras assim o desejassem. Apesar de ter sido logrado por Labão, Jacó manteve sua parte do contrato e trabalhou para ele por mais sete anos sem nada receber além de Raquel. Durante esse tempo, sua família aumentou com os filhos que vieram, e o relato bíblico é bem detalhado a respeito das circunstâncias mediante as quais as servas também deram filhos a Jacó. Em resumo, os filhos foram: De sua primeira esposa Lia: Rúben (que significa eis um filho) Simeão (escuta) Levi (apego) Judá (louvor) Issacar (alugado, ou recompensa) Zebulon (habitação) Também Lia lhe deu uma filha que foi chamada Diná (justificada). Da sua serva Zilpa: Gade (boa sorte) Aser (feliz) De sua segunda esposa Raquel: José (Ele tirou, ou possa Ele acrescentar) Mais tarde Raquel teve outro filho, Benjamim (filho da minha mão direita): ela morreu no parto. Da sua serva Bila: Dã (justiça) Naftali (luta) Na antigüidade a mãe escolhia os nomes de seus filhos, muitas vezes em função da situação em que ocorria o nascimento, como vemos acima. Às vezes, seu nome era mudado mais tarde para refletir alguma característica especial daquela pessoa. Deus mesmo modificou os nomes de alguns, como já vimos no caso de Abraão e no de Sarai. Também Jacó (suplantador) teve seu nome mudado mais tarde para Israel (príncipe com Deus). Ambos os nomes são usados para a nação que dele procedeu: Jacó é o nome usado nas profecias para indicar a descendência natural, física, de Abraão, Isaque e Jacó; Israel é usado para o seu aspecto espiritual, em seu relacionamento com Deus (Isaías 9:8). Jacó em Harã é uma figura profética do que viria acontecer séculos mais tarde com a nação que dele descenderia: estava exilado, fora da terra prometida não tinha altar (Oséias 3:4-5) recebeu um nome mau, e má fama (capítulo 31:1, Romanos 2:17-24) mas estava debaixo da proteção do SENHOR, por causa da promessa (capítulo 28: 1 5, Romanos 11:28-29) e foi trazido novamente à sua terra (capítulo 31:3, 35:1-4, Ezequiel 37:21-28). Jacó não foi abandonado, mas teve que colher o fruto do mal que havia semeado em seu lar.