macumbeiro espiritual que se diz pentecostal e que ser dono da cocada preta na congregação, que sabe que a oração para ele não é comunhão com Deus, mas um elemento falso de feitiçaria, que sabe que sua reputação faz com que todos acreditem nele sem questionar, mas um dia a casa cai, cai sim! Quando a nuvem sair da tenda Miriã vai ser vista branquinha… e Moisés justificado orando por ela, que Deus a cure da lepra.
Quando Deus viu que Arão estava limpo. Aí estava o assunto dos próximos capítulos. A Morte de Arão. Deus quis mata-lo. Dá um avisinho no capítulo 17. Manda pôr a vara junto com as outras varas, e a re-enverdece, faz que brote amêndoas, mostra-a ao povo e é colocada de novo no santíssimo. Arão iria ter sua autoridade renovada, o povo iria ver, mas iria morrer logo a seguir, porque Deus não tem prazer em que o seu ungido morra na vergonha de seu pecado. Oito capítulos depois morreu. Muitas vezes Deus restaura o seu ungido e o mata em glória. Sabe por que isto aconteceu? Todo mundo no acampamento ficou sabendo da rebelião dos dois. A autoridade sacerdotal de Arão foi tocada e a de Moisés aumentou. Esta é a grande colheita que ceifa o injustiçado: o prestígio de Deus no nome dele; porque o povo sempre fica sabendo quem é aquele que recebe veredicto favorável.
O aviso de Deus foi dado em Números 17, Miriã morre a seguir e Deus convida a Moisés que tire as roupas de Arão num lugar separado, no monte, e isto incluía o peitoral de juízo. Se puder, depois, leia Números 20:22-29. E depois conclua por você mesmo o que significa “e despe Arão e suas vestes, porque Arão morrerá” (v.25,26). Deus não pode matar o seu ungido enquanto em um lugar santíssimo, em separado do público carnal, não tiver entregue suas roupas e seu peitoral. O peitoral é a nossa salvação e o peitoral do sacerdote do Novo Testamento tem muito mais pedras preciosas, pois o seu sacerdócio é segundo a ordem de Melquisedeque.
domingo, 28 de dezembro de 2008
MULHER DE MOISES
Êxodo 2,21 conta que Moisés casou-se com Zípora, filha de Jetro. Tiveram dois filhos, Jérson e Elieser. Em grego o seu nome é traduzido “Séfora”. Ela foi a única mulher de Moisés.
A mulher de Moisés. Aquele temperamento terrível de mulher, era mais ou menos o temperamento da mulher de Moisés, conhecida como Zípora, tataraneta de Quetura, a segunda esposa de Abraão, das terras de Midian, do outro lado do Mar Vermelho. O problema é que ela jamais esteve no Egito como esposa de Moisés de acordo com a Bíblia.
Observando o livro de Êxodo, capítulo 4, lemos um pouco da história deste casal que nada têm em comum.
É o capítulo do chamado de Moisés (Êxodo 4: 17-28):
17. Tomarás, pois, na tua mão esta vara, com que hás de fazer os sinais.18. Então partiu Moisés, e voltando para Jetro, seu sogro, disse-lhe: Deixa-me, peço-te, voltar a meus irmãos, que estão no Egito, para ver se ainda vivem. Disse, pois, Jetro a Moisés: Vai-te em paz.19. Disse também o Senhor a Moisés em Midiã: Vai, volta para o Egito; porque morreram todos os que procuravam tirar-te a vida.20. Tomou, pois, Moisés sua mulher e seus filhos, e os fez montar num jumento e tornou à terra do Egito; e Moisés levou a vara de Deus na sua mão.21. Disse ainda o Senhor a Moisés: Quando voltares ao Egito, vê que faças diante de Faraó todas as maravilhas que tenho posto na tua mão; mas eu endurecerei o seu coração, e ele não deixará ir o povo.22. Então dirás a Faraó: Assim diz o Senhor: Israel é meu filho, meu primogênito;23. e eu te tenho dito: Deixa ir: meu filho, para que me sirva. mas tu recusaste deixá-lo ir; eis que eu matarei o teu filho, o teu primogênito.24. Ora, sucedeu no caminho, numa estalagem, que o Senhor o encontrou, e quis matá-lo.25. Então Zípora tomou uma faca de pedra, circuncidou o prepúcio de seu filho e, lançando-o aos pés de Moisés, disse: Com efeito, és para mim um esposo sanguinário.26. O Senhor, pois, o deixou. Ela disse: Esposo sanguinário, por causa da circuncisão.27. Disse o Senhor a Arão: Vai ao deserto, ao encontro de Moisés. E ele foi e, encontrando-o no monte de Deus, o beijou:28. E relatou Moisés a Arão todas as palavras com que o Senhor o enviara e todos os sinais que lhe mandara.29. Então foram Moisés e Arão e ajuntaram todos os anciãos dos filhos de Israel;30. e Arão falou todas as palavras que o Senhor havia dito a Moisés e fez os sinais perante os olhos do povo.
Nenhum ministério será próspero se sua esposa não estiver afinada à visão de Deus e à obediência de seu marido. O casamento de Moisés com Zípora foi fruto de uma fuga do Egito, foi um jugo desigual. Zípora jamais teria amor pela missão que lhe foi confiada, não era hebréia e nem se importava com os hebreus no Egito. A missão de Moisés era a missão de Moisés. Não tinha nada a ver com ela, sendo de Midiã. Parece muito estranho no decorrer da leitura bíblica que de repente o Senhor queira matar a Moisés (ver o verso 24). “Ora sucedeu no caminho numa estalagem, que o Senhor o encontrou, e quis matá-lo.” Como podemos entender isto se no contexto Deus estava chamando a Moisés para uma missão, lhe havia feito promessas e de repente o queria matá-lo? Qual seria a razão para tamanho desastre?
A razão está clara: Moisés havia falado da circuncisão de seus filhos para sua mulher. Este é o primeiro grande problema do jugo desigual: a desigualdade de obediência a Deus.
Zípora jamais entenderia a circuncisão sendo ela gentia. A impressão que ela mesma disse que tinha de seu marido era esta: homem sanguinário. Deus quis matá-lo porque ele deixou a decisão nas suas mãos. Ela não queria a circuncisão. Quando ela viu que Moisés morreria por não obedecer a Deus, ele mesma circuncidou o seu filho (outro erro). Seu marido deveria ter feito a circuncisão. A que ela fez não teve valor. Por outro lado, a falta de respeito a visão de Deus que ele tinha e a ele mesmo como esposo no texto é visto claramente: “tomou uma faca de pedra, circuncidou o prepúcio de seu filho e, lançando-o aos pés de Moisés, disse…” Sua atitude é terrivelmente grosseira e sem nenhum respeito. “Lançou-o aos pés de Moisés”. A opinião que ela tinha de Moisés era esta: “és para mim um esposo sanguinário”.
Vejamos aqui várias coisas:
1. A desobediência de Zípora que quase causou o aborto de sua missão.
2. A desobediência que quase causou a morte de Moisés.
3. A Precipitação de Zípora no estabelecimento da doutrina por sua conta.
4. A falta de respeito em lançar o prepúcio do menino nos pés do marido.
5. A opinião que tinha de seu esposo.
6. Não seguiu com ele como havia proposto (v. 24) e voltou para a casa de seus pais (Êx 16 ).
Deus teve que enviar Arão para ajudar a Moisés no deserto. A localização de Midiã em relação ao Egito é tremenda (v. 27). Moisés estava desolado no monte Horebe, triste quando Arão, seu irmão chegou. Para onde foi sua esposa? Para a casa de seu pai.
Quero começar a formar uma realidade, na qual Moisés viveu longos anos de sua vida. Ele seguiu para o seu povo, mas Zípora jamais considerou os hebreus seu povo. Ela jamais pôde dizer como Rute “o Deus será o meu Deus e o teu povo será o meu povo”.
Quando Moisés chegou à casa de Jetro, pai de Zípora, tinha aparência de egípcio. Lá Deus foi tratando com ele, pois a família de Jetro era uma família sacerdotal. Mas isto não garantia a santidade da filha. Ele não podia queixar-se de falta de oportunidade, pois Jetro tinha sete filhas. Ele pode escolher dentre sete mulheres.
A falta de companheirismo no ministério é um grande perigo à vista para o matrimônio. Quando uma mulher decide ausentar-se da vida de seu marido por razões tais como 1) cuidado da casa, 2) criação dos filhos, 3) metas pessoais, 4) cuidado dos pais, etc., está dando brecha para desestruturação do seu matrimônio.
Zípora decidiu ausentar-se da vida de Moisés e de seu ministério. Ele nunca comprou a briga pelo seu ministério, nunca se interessou nele. Moisés era importante enquanto estivesse na casa de seus pais, no seu país, na sua cultura, For a disso era um homem sanguinário. A opinião que tinha de Moisés estava formada há muito tempo. Não era simplesmente pela atitude de circuncidar a seu filho, mas estava lançando em rosto a sua vida passada. Naturalmente ele havia contado algo sobre o seu passado, quando havia morto o egípcio, razão pela qual estava ali em Midiã, como fugitivo. Esta atitude é mais natural partindo do homem maligno, mas em vindo de uma mulher é ainda mais cruel.
Conviver com Zípora no ministério requer abnegação, humildade e consciência de um chamado indestrutível. O coração de Moisés estava ferido em Horebe quando Arão veio encontra-lhe. Qualquer outro homem foge para os braços de outra mulher, justificando todas as circunstâncias adversas que passa e na maioria das vezes de forma injusta. Moisés fugiu para o monte de Deus. Quando Deus avisou Arão para que viesse, Moisés estava sofrendo em Horebe, repensando toda a sua vida. Que tipo de situação estava enfrentando o grande libertador! Não é fácil ter em seus ombros a responsabilidade de conduzir o povo de Deus quando os colegas acusam a Moisés que ele não pôde administrar a sua casa. Na maioria das vezes utilizamos textos bíblicos somente para justificar atitudes de outros, nunca as nossas próprias atitudes. O grande libertador estava sem família, sem filhos, e sozinho chorava no Horebe (Êx 4. 27.
Buscar ajuda no meio da família nestes momentos é a melhor saída. Os irmãos de fato nunca nos abandonam. Deus agora estava levando seu irmão Arão para consolá-lo, abraça-lo e ajudá-lo.
Moisés não se queixou de sua mulher para seu irmão, ele relatou seu chamado, de como deus o havia chamado. Ele deveria ter-lhe confidenciado alguma coisa, deveria ter pedido ajuda. A maioria dos líderes ministeriais tomam atitudes isoladas, precipitadas quando a si mesmos e por esta razão são maus vistos depois porque nunca fizeram saber a sua cobertura ministerial os problemas maus resolvidos de seus ministérios. Um grande amigo, um dia em seu gabinete me disse: “Se você houvesse buscado ajuda antes de tomar esta decisão, Nelson, nós poderíamos comprar tua briga, mas agora é muito tarde. Não podemos fazer nada por você.” Havia tomado decisões precipitadas no meu ministério, e depois procurei ajuda. Não fui ao monte de Deus, por isso estava sendo mal compreendido. O monte de Deus nestes momentos e a ajuda de nossos amigos ministros a altura de Arão, será de grande ajuda. Mas Moisés não lhe falou nada. Lá na frente, quando ele tomar uma decisão sentimental mais forte, Arão não lhe compreenderá (Nm. 12:1-16), e murmurará contra Moisés. Moisés se fechou e nunca procurou ajuda sacerdotal. Deus lhe havia enviado ajuda, mas o orgulho profético não permitiu ser ajudado. Quanto mais sábio é o ministro, mas orgulhoso tende a ser nestas horas quando é frágil como um pote de barro. Busque ajuda na sua cobertura, busque o monte de Deus antes de tomar qualquer decisão na sua vida matrimonial. Os apóstolos de sua vida não poderão simplesmente usar sua autoridade se não orarem a este respeito, se não conhecerem o problema a fundo.
Somente depois que Moisés havia estado no Egito, depois que havia passado as dez provações que sobrevieram sobre aquela nação, quando o povo já estava em frente de Midiã, na volta, quando os rumores de que Deus havia tirado seu povo do Egito (coisa que Zípora não cria muito acontecer), Jetro vem ao encontro de Moisés, trazendo com ele sua mulher e seus filhos de volta, pois a Bíblia claramente diz que ele a enviou a seu pai (Êx. 12:1-7).
1. Ora Jetro, sacerdote de Midiã, sogro de Moisés, ouviu todas as coisas que Deus tinha feito a Moisés e a Israel, seu povo, como o Senhor tinha tirado a Israel do Egito.
2. E Jetro, sogro de Moisés, tomou a Zípora, a mulher de Moisés, depois que este lha enviara,
3. e aos seus dois filhos, dos quais um se chamava Gérson; porque disse Moisés: Fui peregrino em terra estrangeira;
4. e o outro se chamava Eliézer; porque disse: O Deus de meu pai foi minha ajuda, e me livrou da espada de Faraó.
5. Veio, pois, Jetro, o sogro de Moisés, com os filhos e a mulher deste, a Moisés, no deserto onde se tinha acampado, junto ao monte de Deus;
6. e disse a Moisés: Eu, teu sogro Jetro, venho a ti, com tua mulher e seus dois filhos com ela.
7. Então saiu Moisés ao encontro de seu sogro, inclinou-se diante dele e o beijou; perguntaram um ao outro como estavam, e entraram na tenda.
No verso 1 vemos como a notícia havia chegado a Midiã. No verso 2 temos conhecimento de que maneira ele voltou a estar com seus pais, desde aquela despedida triste de Êxodo 4. Pois eles, a família inteira estava de viagem para o Egito, quando o incidente da separação aconteceu e eles discutiram e ela voltou a Midiã. Jetro, sabiamente, veio ao encontro de Moisés e no verso 6 (cap. 12), recorda: “Sou teu sogro Jetro, venho a ti, com tua mulher e seus dois filhos com ela.” Veja que a Bíblia diz “seus dois filhos”. Ele estava só, viveu aqueles dias sem considerar a Moisés como seu esposo. Ela não esperava aquela situação. Agora já não eram mais filhos de Moisés, eram seus filhos. A atitude de Moisés em relação a ela foi fria. Ele entrou na tenda com o sogro, quando deveria entrar na tenda com sua mulher. Muitos dias havia passado desde que se separaram. Quando se encontram, a frieza dominava aquele relacionamento (v.7).
Todos os homens que estavam no acampamento se deram conta de como a situação estava. Havia um cheiro de polêmica no ar entre a família. O coração entristecido de Jetro estava a ponto de explodir torcendo por uma reconciliação.
Infelizmente não houve reconciliação.
Mais de seiscentas pessoas que estavam ali haviam passado 430 anos como escravos no Egito. Todos ali haviam marcado as portas de sua tenda para não ver a morte entrar nas suas casas; todos ali haviam obedecido as ordens de saída de forma incondicional, todos ali se sentiam felizes porque haviam passado o Mar Vermelho por causa da liderança e obediência de um homem que havia sofrido pela liberdade de seu povo e pelo cumprimento de sua missão em atenção ao chamado exclusivo de seu Deus, o grande Eu Sou. De repente, no meio do caminho, chega uma mulher incrédula em tudo aquilo, desobediente às ordens de Deus (e não era pelo fato de ser ímpia, pois seu pai era homem de Deus também e sacerdote), que jamais havia passado o batismo do Mar Vermelho, querendo entrar na Terra da Promessa… Ah! Mais essa é muito boa, essa é sim!
Dentro da missão de uma chamado os dois têm um compromisso de viverem juntos as decisivas situações que a vida em comum lhes reserva. Zípora jamais entraria no gozo da promessa sem ter passado o Mar Vermelho, sem ter marcado a porta de sua casa para salvar o seu primogênito (usando sangue de novo – mais uma razão para chamar-lhe sangüinário). O Anjo da morte andava por ali.
Embora Jetro tivesse habilidade de um grande mestre e conselheiro não pode fazer muito por aquela situação.
Infelizmente, Zípora regressou com o seu Pai para Midiã. Não quis ficar ali no deserto com eles. A visão ainda era para muitos dias, sem contar os 38 anos de Cades Barnéia. Ela não suportaria a luta. Nenhuma mulher que não passar lado a lado com seu marido o Mar Vermelho de seu Êxodo Ministerial, jamais terá condições de atravessar um deserto de quarenta anos até chegarem juntos na terra da promessa.
Antes de Jetro Hobab regressar de volta, Moisés intercedeu que ele fosse o seu guia. Não pareceu bem ao Senhor isto, pois a nuvem os guiava até então (Num 10:36). A vinda de seu sogro naqueles momentos foram de grande bênção. Pelo seu conselho, até um grande exército foi formado (Num 10). Por isso havia muita afinidade entre Moisés e seu sogro. Mas ele amava sua parentela (Num 10:30) e Zípora também. Isto acontece no capítulo 10. Já no capítulo 11, Moisés toma uma esposa etíope, “cusita” (Num 12:1). Por causa desta mulher etíope, Arão e Miriã se rebelarão contra Moisés e por esta causa haverá uma reunião diante de Deus.
É claro que há casamentos desfeitos por safadezas e infidelidade proposital, mas este não é a razão de meu livro, nem quero tratar desde assunto. Estou falando de outras situações, de pessoas verdadeiramente sinceras e que vivem circunstâncias que os aprisionam de tal forma que por não encontrar uma explicação honesta e clara biblicamente perdem a razão de viver ou de ministrar. Minha razão é nobre e o assunto é sério e é para este tipo de pessoas que estou escrevendo. Jesus dirá naqueles dias “estive preso e não me visitastes, tive fome e não me destes de comer”. Quando aquele que liberta está preso? Quando o pão da vida tem fome? Jesus está preso quando vive na vida de pessoas que sofrem a pena de Moisés, tem fome quando vive na vida de quem não tem resposta quando clama por justiça. Este Jesus preso deve ser visitado. Este Jesus faminto deve ser saciado. Não pior prisão do que a prisão sentimental. Quem os libertará?
Se o Filho vos libertar verdadeiramente sereis livres.
A solidão de Moisés, o bispo das tribos, líder de Arão, pela falta dos filhos, da esposa que com seu caráter agressivo e desobediente volta com seu pai. Não era a primeira vez (Êx 12:1).
Depois disso haverá um sentimento de ódio contra Israel por causa disso. Vemos estampado sobre este sentimento em Números 25. Especialmente nos versos 6-18. A separação de Jetro que volta para Midiã acontece no capítulo 10, no capítulo 25 Deus manda ferir os Midianitas. Como você crer que estava o coração de Moisés, pai de dois midianitas? (Num 25:16). Tudo isso aconteceu porque Moisés não tinha autoridade para repreender a um jovem que tomou a uma midianita. Que iria dizer? Ele havia se casado com uma? (Num 25:6). Há preços que uma pessoa paga no ministério por não ter um Finees que veja conforme o coração de Deus, e destrua o mal que entra no meio do povo (Num 25:7,8).
Voltando ao capítulo 12 de Números, verso 1, vemos que Miriã e Arão, como membros de sua família deveriam entender a situação de seu irmão; considerar a honestidade de seu ministério e de seu exemplo de fidelidade até aquele momento. Os frutos de seu ministério haviam sido aprovados por Deus.
Na consideração psicológica e ministerial de Arão Moisés, pelo fato de ter tomado uma mulher como esposa em lugar de Zípora, está caído. Moisés não adulterou com ela para depois tomá-la como esposa, e isto é o que geralmente acontece. Não.
Mesmo assim, Moisés estava caído na concepção deles. Agora eles estavam preparando caminho para assumirem a posição de liderança do povo, em conseqüência da recente queda de Moisés... Observem que eles não eram estranhos, eram seus irmãos de sangue. Haviam visto tudo o que Deus havia feito através de seu irmão, Moisés. Veja que os inimigos do homem são os da sua própria casa.
A primeira atitude que tomam as pessoas quando encontram-se em situações semelhantes é questionar a unção de Moisés, e comparar a habilidade espiritual a fim de justificar um golpe de estado ministerial (Num 12:1-3). “Deus tem falado somente por Moisés? O senhor porventura não fala através de nos?”
O assunto está em que Deus ouviu e viu a murmuração deles. Viu a sutileza de seus corações e veio para julga-los.
Estar preparado para ser hipocritamente tratado, é um dos preços que uma pessoa que quer ver decidida sua demanda sentimental tem que pagar por anos. Moisés estava sendo julgado pelo seu ministério: Deus não fala mais. As pessoas pequenas não estão preocupadas enquanto o casal vive seus problemas, o muito que se escuta é: vamos orando, vamos orando. Quando há uma separação de fato e de direito, todos se importam, se importam demais, mas com a posição que poderia ser tomada: o lugar de Moisés. Nessas horas é que agente sabe quantos inimigos tínhamos pelo acampamento, quando numa única oportunidade demonstram como nos respeitavam com a sua inveja. Arão e Miriã estavam se preparando para serem os “libertadores do Egito”, vejam só! Para isso era necessário derrubar todo o prestígio de Moisés como profeta, não importa se ele era seu irmão de sangue. Miriã havia ajudado a arca de juntos chegar ao palácio do rei, foi tipo do Espírito Santo, agora queria afundar o transatlântico com um sopro.
“E é porque tem outra mulher”. Disseram seus irmãos ministros. A dirigente do louvor e o sumo-sacerdote murmurando, preparando caminho para um golpe. Foi ai que interveio Deus. Chamou os três em audiência e fez questão de vir pessoalmente e nada de mandar anjos. “Vou resolver isto agora, e diante da tenda do testemunho.” Isto era coisa séria. O resultado seria fatal. Chegou irado. Desceu numa nuvem e ficou à porta da tenda. Quando os três foram convidados à tenda, ele já estava lá no meio da nuvem (Num 12:5). Foi um julgamento que os anjos quiseram ver. O assunto em pauta era: A mulher etíope de Moisés. Por que a tomou? O advogado de acusação: Arão. Assistente, Miriã. O reú: Moisés. O jurado, os anjos.
Antes de passar por ali, espíritos de lepra pediram permissão para tocar-lhes. O Diabo é sujo, ele acusa os irmãos (Ap. 12:10-12). Intriga de irmãos é com ele. Ele ama famílias desunidas. Quando o Anticristo assumir, a característica familiar será esta: filhos contra pai, irmão contra irmão.
A promotoria estava revestida de acusações. Moisés não falou nada.
- Fique aqui na tenda, Eti (é a que mulher dele não tem nome), vou regressar, disse Moisés.
Não espere ser julgado por Deus, os anjos e a Palavra requererão veredicto e o veredicto é morte, enfermidade, entrega a Satanás. Você tem que ser muito macho para enfrentar um juízo quando acusar um ungido de Deus. Deus não vai questiona-lo, mas ordenará o ataque. Se for forte prevalecerá, mas não sairá sem mancar como Jacó. Ele não admite outro tribunal que não seja o autorizado por ele para julgar ungidos. Arão e Miriã se sentiam no direito de formar um tribunal particular na mesa de sua tenda. A lepra rondava e não era a lepra simplesmente, eram espíritos familiares que desejam assumir através de suas injustiças o controle de cadeias hereditárias familiares.
Moisés era um homem mui manso, mais do que todos que havia sobre a face da terra (Num 12:3). Ele havia aprendido muitas grandes lições. O Homem irrepreensível não é aquele que não erra, ou aquele que demonstra à Igreja certo grau de “santidade” franciscana. O homem irrepreensível é aquele que ninguém consegue repreende-lo, porque se auto-repreende. Não entenda isso como auto-disciplina, mas auto-repreensão. É concertar-se antes que outros publicamente venham a tomar partido de forma a contrariar-nos.
Deus veio e chegou logo dizendo:
“Ouvi agora as minhas palavras: se entre vós houver profeta, eu, o Senhor, a ele me farei conhecer em visão, em sonhos falarei com ele. Mas não é assim com o meu servo Moisés, que é fiel em toda a minha casa; boca a boca falo com ele, claramentee não em enigmas ; pois ele contempla a forma do Senhor. Por que não temestes falar contra o meu servo, contra Moisés? Assim se acendeu a ira do Senhor contra eles; e ele se retirou; também a nuvem se retirou de sobre a tenda; e eis que Miriã se tornara leprosa, branca como a neve; e olhou Arão para Miriã e eis que estava leporosa.” (Nm 12:6-10).
Quando a nuvem se retira é que vemos o quanto leprosos somos, quão branco estamos e sob a ira de Deus. Enquanto Miriã estava sob a nuvem, ainda que leprosa e sem saber, a lepra não foi vista. Quando a nuvem saiu, a lepra se manifestou de forma visível. Quantos não estão leprosos por dentro e escondem sua murmuração. Um dia a nuvem sairá da porta de sua tenda.
A fidelidade foi questionada. A fidelidade matrimonial foi questionada? Zipora estava em Midiã. Zípora iria ser julgada. As terras de Jetro seriam destruídas. A sedução de Midiã alcançaria o povo. Moisés foi o primeiro a sofrer. Mas nem todos são contra Moisés, não se engane. Haviam homens desconhecidos por nós por ali. Conheça-o: o sobrinho de Moisés, Finéias.
11. Finéias, filho de Eleazar, filho do sacerdote Arão, desviou a minha ira de sobre os filhos de Israel, pois foi zeloso com o meu zelo no meio deles, de modo que no meu zelo não consumi os filhos de Israel.
12. Portanto dize: Eis que lhe dou o meu pacto de paz,
13. e será para ele e para a sua descendência depois dele, o pacto de um sacerdócio perpétuo; porquanto foi zeloso pelo seu Deus, e fez expiação pelos filhos de Israel.
14. O nome do israelita que foi morto com a midianita era Zinri, filho de Salu, príncipe duma casa paterna entre os simeonitas.
15. E o nome da mulher midianita morta era Cozbi, filha de Zur; o qual era cabeça do povo duma casa paterna em Midiã.
O texto citado pode trazer confusão ao leitor, mas me refiro a algo mais profundo, à ocasião em que Deus mandou ferir os Midianitas. Em Números 25, 6 mostra-nos que o israelita que tomou mulher midianita o fez à vista de Moisés e de todo Israel. O zelo de Finéias não respeitou preceitos de homens, ele respeitou a Deus. Sabia que as mulheres midianitas eram um laço, Haviam sido para Moisés. Moisés não tinha autoridade para resolver aquela situação, mas Finéias, em nome de Deus, tinha. Ele era amigo de Moisés. Por isso, aproveitou a oportunidade para ser sacerdote pactuado. Não há espaço para falar sobre isto. Mas as bênçãos por seu ato serão vistas em Ezequiel 40-48. Tudo isto aconteceu treze capítulos depois da rebelião de seu avô. Arão.
“Afligi vós os midianitas e feri-los”(v.17).
Agora observe comigo: que seria de Zípora, Gerson e seu irmão. Moisés, numa ocasião daquelas se via sem autoridade. Midiã o havia acolhido no ex;íclio, quando há oitenta naos se refugiou nos braços de Jetro. Mas por causa da chamada divina, dos preceitos e das doutrinas divinas Zípora perdeu a chama de seu amor, abandonou Moisés no início da carreira. Veio encontrar-se com ele somente depois que o povo havia passado o Mar. Não quis ficar com seu marido, amava sua parentela, nunca havia se comprometido com o chamado de seu marido. Somente agora, com o incidente do capítulo 25, depois que o povo ver mortos mais de 24 mil pessoas por causa de uma mulher midianita é que passaram a compreender o coração de Deus, sua tristeza e dor por causa do jugo desigual. Quando Moisés toma a sua mulher verdadeira, a etíope, com a permissão divina, e é abençoado por Deus que jamais questionou sua posição, Miriã sem entender muito bem, começa a murmurar. Somente depois na atitude de Finéias é que vemos que nem todos estão contra nós e por causa de certas circunstâncias não se manifestam. Mas aqueles que se manifestam recebem bênção de um pacto eterno e jamais a lepra chegará a sua tenda.
Para que sintam como é duro o julgamento de Deus, como é duro aparecer num tribunal sem peitoral de juízo, principalmente quando temos uma acusação contra um servo de Deus fiel na sua casa.
Por que o juízo de Deus veio contra os dois: “contra eles”, mas somente Miriã ficou leprosa. As doze pedras podem não estar no peito, mas a uncão das doze pedras que formam o peitoram seguem com o ungido, mesmo que aparentemente não carregue no peito o peitoral. Isso quer dizer que a unção das doze pedras do peitoral e mais as duas pedrinhas urim e tumim que representam o Espírito Santo garantem a unção do ungido. Quando a ira de Deus se acendeu contra os dois, Deus estava tão irado contra eles que não tomou em conta a o peitoral que levava Arão.
O peitoral rebateu automaticamente a ira de Deus e Arão foi salvo. Isto quer dizer que nem as setas de Deus conseguem atravessar a escuderia do peitoral de juízo que Deus lhe deu para usar no seu sacerdócio.
Quando deus virou-se para traz, somente Miriã estava leprosa.
- Ó, o peitoral, o peitoral!
Essa foi boa. Nem Deus pode atravessar a unção do peitoral de juízo que ele mesmo cria sobre seus ungidos. Quando mais um