domingo, 28 de dezembro de 2008


Judá, filho de Jacó, restringe-se ao relato bíblico e às fontes tradicionais do judaísmo. Era o quarto filho de Jacó e de Léa, e a raíz hebráica de seu nome, Yah hu Dah, é uma expressão de agradecimento a Deus. Judá teve participação na trama que visava o desaparecimento de seu meio-irmão mais novo José. Mais tarde, Judá e seus irmãos foram ao Egito pedir alimento durante um período de 7 anos de escassez. Seu irmão, Simeão, foi mantido cativo pelo admnistrador daquele país (secretamente, o próprio José), e os demais irmãos se viram obrigados a levar em sua presença seu irmão mais moço, Benjamin. Após estes eventos, os 12 irmãos reuniram-se em paz novamente, e juntamente com seu pai Jacó, tomaram residência na margem leste do delta do Rio Nilo.

Antes de morrer, Jacó abençoou cada um de seus filhos. Acerca de Judá, Jacó lhe prometeu que seus irmãos lhe prestariam homenagem, e que o cetro não se arredaria de sua mão, e o legislador não se apartaria de seus pés, predizendo assim o destino da descendência de Judá sobre todo Israel.

O primeiro livro de Crônicas relata que Judá casou-se com Suá, e teve 3 filhos: Er, Onã e Selá, dos quais Er e Onã vieram a falecer. Mais tarde, Judá teve mais dois filhos com sua nora Tamar: Perez e Zerá. É dito que, a partir destes descendentes, formou-se a tribo de Judá.

Importante ressaltar que o termo judeu origina-se da tribo de Judá, sendo a única tribo de Israel que foi preservada da descaracterização depois da invasão dos assírios. Enquanto as demais tribos foram forçadamente miscigenadas com os povos pagãos, os descendentes de Judá, preservaram suas tradições durante o exílio babilônico. Assim, pode-se dizer que nem todos os israelitas primitivos poderiam ser considerados judeus no sentido étnico.